Cultura Justa e Cultura de Segurança em Hospitais

Com a Psicóloga Cognitiva, Raquel Pusch de Souza. Em 2017, o Instituto de Ensino em Saúde Suplementar junto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)¹, divulgaram uma pesquisa em que o Brasil ocupa o segundo lugar de mortes evitáveis. Os chamados eventos adversos são a segunda causa de morte mais comum no Brasil. Todo dia, 829 brasileiros falecem em decorrência de condições adquiridas nos hospitais, o que equivale a três mortos a cada cinco minutos.

O falecimento de 302.610 mil brasileiros em hospitais públicos ou privados como consequência de um “evento adverso”, é resultado, por exemplo, de erros de dosagem ou aplicação de medicamentos, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar, entre inúmeros outros casos.

Porque acontecem os eventos adversos?

Esse é o tema da palestra ministrada pela Dra Raquel Push, Psicóloga Cognitiva e Presidente do Departamento de Psicologia (AMIB), durante o 9º AnestEdu (Plataforma de Educação Continuada da WMC Anestesia). Para ela, um evento adverso necessariamente não significa, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade, mas trata-se de incidentes que poderiam ter sido evitados, na maior parte das vezes, com a prática de uma cultura de segurança.


Dra Raquel Pusch de Souza, durante a sua palestra no 9ºAnestEdu.

Melhorar a cultura da segurança na saúde é essencial para prevenir ou reduzir os erros e melhorar a qualidade geral dos cuidados. Para Dra. Raquel, “uma cultura de segurança engloba características como:  o reconhecimento da natureza de alto risco das atividades realizadas pela organização, promove um ambiente sem culpa onde os indivíduos são capazes de relatar erros ou quase acidentes sem medo de repreensão ou punição”, pontua a Psicóloga.

Ao longo da palestra, a Dra Raquel, cita algumas razões de uma cultura subdesenvolvida de segurança em saúde em nossa realidade, e passam pela falta de trabalho em equipe, comunicação frágil e até mesmo uma cultura de baixas expectativas e hierarquia/autoridade. Para Raquel, em uma cultura justa, a resposta a um erro ou falha próxima é baseada no tipo de comportamento associado ao erro, e não na gravidade do evento. “O trabalho em equipe é que dá diretriz para a cultura de segurança (…) não se busca mais os culpados, achar os culpados não resolve o problema”, defende.

A importância da liderança

A liderança organizacional deve estar profundamente envolvida e atenta às questões que os trabalhadores da linha de frente enfrentam, compreendendo a “cultura justa” que muitas vezes orienta o comportamento. “Não existe Power Business, a diferença de poder. Não há mais o dono do paciente, mas alguém rege e é o profissional médico. As pessoas precisam querer e desejar trabalhar com segurança do paciente (…) precisa haver um treinamento para isso”, recomenda a psicóloga.

Conforto em momentos de crise

Dra Raquel, citou alguns exemplos de resignação e de aceitação das limitações diante da enfermidade, além de todo conforto que o trabalho do psicólogo pode dar ao paciente, quando as dificuldades são intransponíveis. “Cuidar de um paciente e da família é responsabilidade de todos. É possível? Sim! Precisamos desenvolver um ambiente aonde os erros, se tornam instrumentos de aprendizagem”, finaliza Dra Raquel.

SOBRE

O Anestedu: Como a plataforma de educação continuada da WMC Anestesia, o Anestedu tem como pilares atualização, inovação e gestão. Os encontros são formatados conforme as exigências do Ministério da Educação (MEC), da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e da Sociedade Paranaense de Anestesiologia (SPA) – conteúdos, carga horária, professores com formação adequada -, também para que possam ser validados por essas instituições.

A WMC Anestesia: A WMC Anestesia é uma empresa singular no mercado de prestação de serviços de saúde, há cinco anos com foco em gestão da Anestesiologia. Provê serviços de consultoria e terceirização de anestesia para hospitais, clínicas, operadoras de saúde e grupos médicos anestesistas, tendo como pilares segurança, inovação e resultados sustentáveis para pacientes, médicos e instituições de saúde.

Confira em nosso canal no Youtube a palestra completa:

Fonte:

  1. https://site.medicina.ufmg.br/inicial/a-cada-5-minutos-tres-brasileiros-morrem-nos-hospitais-por-falhas-que-poderiam-ser-evitadas/

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